CORPO (2) POESIA BARALIRISTA
Homens líquidos
derramados sobre as mesas
sorvem o mote que
borbulha na espuma.
Suas convicções
estão estigmatizadas
na verve da criatividade;
na angústia imaginária,
mas verdadeira.
O bar murmureja
risadas plenas
enquanto se lapida
a pedra-palavra.
Homens ávidos,
grávidos de poesia,
arquivam seus temas
com a sonolência
bêbada de tudo.
O bar é um co(r)po
que vaza (ad)versos
na cerveja transbordada.
Baraliristas absorvem
as letras dissolvidas
nos balcões.
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