Controle

CONTROLE

Como poderei ser uma árvore frondosa,

Se não reconheço minhas raízes?

Se não me identifico,

Com os primórdios da evolução,

Ou da criação?

Somos nação?

Salvem suas almas!

Perdemos o controle.

Ultrapassamos o tolerável,

E as mentes estão em combustão.

Onde demônios brincam de roda,

Com sedutoras dúvidas em forma de canção.

Fazem chacota com a história,

E enquanto engessam a geração.

Optam pela agonia do passado deplorável,

Lugar incômodo, mas reconhecido.

Acham melhor retroceder.

Os jovens estão divididos,

Entre os rumos variados do poder;

Delirando em imensuráveis sonhos.

Fechem seus olhos,

E entoem um louvor aos injustiçados mortos,

Uma música de ninar aos vivos cegos,

Ou a todos, uma simples e redentora oração.

Somos os novos camaleões,

Na camuflagem salvífica contra irreconhecíveis e sorridentes predadores,

Com dentes pontiagudos, clarificados a lazer.

Estamos caindo, alienados,

Aplaudindo na plateia deste circo de horrores.

Engolindo embalagens plásticas,

De coisas mortas,

De coisas prontas.

O quê estará por trás da porta,

Daquilo que somos induzidos a gostar?

Vamos compartilhar!

É legal, e o mal está na moda!

E a bola azul ainda flutua no vácuo,

Abafado e extremamente quente,

Suspensa pela mão invisível,

Para os que creem e os que também não.

Somos crianças numa imensa creche,

Mal educadas,

Deseducadas,

Nunca educadas,

Que por necessidade ou não,

Roubam o lanche do irmão.

A fome não é minha...

Só creio no que sai na mídia!

Os fatos não me importam,

A moda, as marcas e o controle absoluto sim.

São os objetivos da sociedade que evolui amorfa,

Adornando a própria sepultura,

Dos que se tornam estéreis,

Sem compaixão, sem “Rios Doces”, nem cultura.

Abaixo as singularidades!

Os ignorantes se cansam muito fácil.

O raciocínio exige demasiado esforço.

Deleguem nossas vidas à manipulação televisiva ou a qualquer outro.

Se tudo explodir, talvez seja melhor,

Não teremos que acordar cedo e ir trabalhar.

O que queremos são cinco segundos de fama,

Contudo, o tempo é escasso para tantos subterfúgios,

Encapsulados e sem sinapses,

Dos que não suportam, temem ou não querem se responsabilizar,

Pelo direito supremo do livre pensar.

Rose Paz
Enviado por Rose Paz em 25/11/2018
Reeditado em 15/12/2018
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