Adoecer e Desistir ou Resistir para (Re) existir? Eis a questão.

De todas as fragilidades humanas,

Como anda nossa saúde,

Seja mental, física e emocional,

E nós, educadores,

Professores,

Formadores,

Profissionais da Educação,

Seja qual for nossa nomeação,

Imposta ou não pela sociedade.

Somos frágeis?

Me pergunto,

Sim e não,

Estamos nós cientes do limite de nossos corpos e mentes,

Somos capazes de suportar e reagir diante da rotina,

Essa rotina contemporânea de nossas escolas?

O adoecer no universo docente,

É visível,

Perceptível,

Palpável,

Síndromes,

Transtornos,

Doenças,

São figuras e caras constantes,

Frequentes no dia a dia escolar.

A rotina de forma esmagadora,

Pesa,

Sufoca,

Aprisiona.

É comum os atestados médicos,

As ausências,

As desistências,

As mudanças de carreira,

Que assombram nossos professores.

Ontem faltou aquele,

Hoje aquele outro,

Amanhã talvez você e eu.

Volto a me questionar,

Desapaixonamos de nossa profissão?

Perdemos o sentido de ali, estar?

O brilho nos olhos dissipou-se?

Ou permitimos que a Sociedade,

Os outros,

Ditem nosso ritmo de trabalho,

As convenções do sistema nos engolem,

E este mesmo nos forçou,

A engolir doses amargas,

Nos adoecendo,

Nos fragilizando?

E a escola,

Permaneceu indiferente,

Aos anseios,

Os sofreres,

As aflições,

De nossos pares, os professores?

Ou nossos transtornos,

Se tornaram comuns,

Corriqueiros,

Que até se parecem naturais?

Ou ainda,

Esses transtornos e síndromes,

São um indício,

De uma vida mecânica,

Sem sentido,

Vazia,

Dolorosa,

Insana

E doentia?

Ou fomos engolidos totalmente pelo sistema,

Rechaçados pelos nossos pupilos?

Estamos doentes,

Sozinhos ou não.

Estamos doentes,

Carentes de valorização.

Estamos doentes,

Perdidos na desilusão.

Estamos doentes,

Vazios de sentido.

Estamos doentes,

Necessitados de atenção.

Estamos doentes,

Pedimos compreensão.