Vocação?!
Se me perguntassem se escrevo por amor, vocação ou paixão, a resposta seria simples, óbvia, contudo, confusa: a escrita é um mistério para mim; não sei dizer ao certo o porquê dela surgir e muito menos posso indicar com exatidão a fonte que faz brotar as chamadas inspirações; ela ecoa dentro de mim como uma chama que acomete todo a minha estrutura.
Quando começo a escrever, perco o controle da minha realidade, embarco numa viagem inexplicavelmente fascinante. Para alguns, essa seria a definição exata de vocação, para outros, paixão pelo que faço; e para mim? Bom, ainda estou buscando respostas nessa atordoante sensatez insensata que comanda os meus pensamentos.
Pela santa madrugada! As minhas peças estão todas embaralhadas e desconfio que se eu tentar organizá-las, provavelmente, estarei apressando o meu iminente estágio de loucura.