SACUDIDELA
Entopetado, silente e febril
Decai o século de almiscarado verso
Donde urgem o tempo e a lima
A emoldurar o futuro de campainhas trinadas.
Olha a esquina devota do ateu!
Mero sadismo, enxame de vespas.
Segue sapiente sopro sôfrego
E treme!
Mostra mesma mula marchada
E clama!
A alta serrapilheira onde o nei nei vem brincar
Rechaçando o ódio, debalde a ojeriza.
Quisera estar no mar com minhas guelras salgadas
Ao pé dum cetáceo esguio e curioso
Recoberto por um manto azul, célere e eterno.