QUANDO A REINVENÇÃO DE SI PROCLAMA A SUA INDEPENDÊNCIA

Onde?

Por ali...

Tudo sobrevoa, nada despenca

E os receios são os mesmos.

O melhor de mim

Atento aos olhos, mais que às almas

Nem rege a nona, mas range.

A mansa cólera de estar absoluto

Enriquecido, enlevado e prestes

A emoldurar o tempo com ouro e fezes

Por muda eternidade.

Meu pascigo clama pelo melhor de mim

Bissexto, depravado, desconexo, incutido.

O melhor de mim sorri com ares de águia

Delicado, altaneiro, sutil e horripilante

A lamber a sola, a se imbricar nas meias mentiras.

O meu 'eu' proclama no alto de sua florescência

Que já não há mais peito

Que não haverá página pautada

Haverá a lua derradeira de ojeriza e mel

Haverá os dias de tomate, os sóis de pinho.

O melhor de mim é, agora, auspiciosamente feliz!

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 24/01/2019
Reeditado em 24/01/2019
Código do texto: T6558442
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