QUANDO A REINVENÇÃO DE SI PROCLAMA A SUA INDEPENDÊNCIA
Onde?
Por ali...
Tudo sobrevoa, nada despenca
E os receios são os mesmos.
O melhor de mim
Atento aos olhos, mais que às almas
Nem rege a nona, mas range.
A mansa cólera de estar absoluto
Enriquecido, enlevado e prestes
A emoldurar o tempo com ouro e fezes
Por muda eternidade.
Meu pascigo clama pelo melhor de mim
Bissexto, depravado, desconexo, incutido.
O melhor de mim sorri com ares de águia
Delicado, altaneiro, sutil e horripilante
A lamber a sola, a se imbricar nas meias mentiras.
O meu 'eu' proclama no alto de sua florescência
Que já não há mais peito
Que não haverá página pautada
Haverá a lua derradeira de ojeriza e mel
Haverá os dias de tomate, os sóis de pinho.
O melhor de mim é, agora, auspiciosamente feliz!