Nada a Perder.
Independentemente da vida e suas intempéries...
Independentemente da descoberta ou não do Brasil pelos portugueses ou do gás neon por Morris William Travers, da Inglaterra...
Independentemente ou não da propulsão, do vapor, do motor, da pólvora ou do avião...
Se Santos Dumont tinha ou não um relógio de pulso dentro de seu coração...
Independentemente ou não se Copérnico comprovara ou não se a terra era redonda, plana ou quadrada...
Se Cervantes combatia com Sancho Pança moinhos de vento nas quebradas das perdidas ilusões...
Se os espíritos eram de sopro de vento e os santos de pau oco...
Se Deus estaria vivo ou morto...
Se Nietzsche perdera...
Se Kipling atravessara os vendavais...
Se Bell ligara ou não para a coroa britânica...
Se Jack London vencera os lobos...
Se Sartre riria ou não de nossas idades e razões... O Existencialismo...
Se Hitler queria matar o mundo...
E Gandhi salva-lo...
Se Hemingway estouraria seu peito com uma winchester 22... Por não concordar com o tempo...
Se Einstein era ou não um lunático relativo!
Se os dinossauros foram ou não asfixiados...
Independente de tudo do que fora pensado ou firmado entre o céu e a terra até este exato momento...
Independentemente se fui, vou ou deixarei de ir...
Se Goethe murmurara sua última palavra:"mais luz!", e se fosse... Deixando-nos sozinhos com seus livros dolorosos...
Bukowski escreveria sarcasmos de suas desgraças... E ríamos ao lê-lo sem sequer imaginarmos que o mesmo chorava por dentro ao escrever aquilo para não morrer...
Não importa!
Nada importa!
Nada...
Independentemente do que a vida e suas surpresas nos propuser nos próximos segundos...
Amo essa mulher!
Sem vergonha digo o que sinto...
Curto a curtíssima vida!
Talvez amanhã eu passe por ridículo ou a odeie por alguns segundos...
Normal...
Mas, como disse e cantou o poeta Cazuza, "depois a amarei mais!"
Pode doer a mim! Talvez não me queira mais...
Sou falho demais!
Mas não importa!
Nada importa!
Por que haveria me importunar por dizer a verdade?
Deveria sim me preocupar se fosse mentira.
O amor é meu. Aquieto-me ao lidar com sentimentos, e, como disse o filósofo Blaise Pascal, encarregado do final das coisas:
"Há mais mistérios entre o céu e a terra do que pode sonhar nossa vã filosofia."