Mais um Dia.
Mais um dia! Um daqueles dias em que você se depara com um estranho ao se olhar no espelho. Um dia que não constava no calendário. E o relógio não marcava horas. Um daqueles dias de cão, em que se esquece que você é gente e se reconhece como um pequeno animal se arrastando entre as folhagens da Floresta Negra no ano de 1.327...
Mais um dia! Um daqueles em que você, escondido na caverna, sente fome e necessita sair para caçar e não morrer de fome. Mas lá fora milhares de feras também sentem fome e te esperam com ânsia.
Um dia de um sol tão violento, a cabeça tão quente, e tem que atravessar avenidas escaldantes sem ser atropelado. Onde deu tudo errado, mas ainda estás vivo e tem que prosseguir de alguma forma.
Um dia em que perdeu a voz de tanto berrar à própria consciência para que a mesma fique na sua, que tudo vai bem.