ilusão? amor? paixão?

O que é amor senão dependência?

O que é a solidão senão carência?

Espero o abraço que me protege.

E como dois, não estamos sós...

Sou revolta quando me perco

Dentro de meu egoísmo mesquinho

Auto-afirmação! Insatisfação!

Completude, busco no outro.

Querendo um “igual”, ideal, irreal.

Sempre errando, iludindo, enganando.

Sendo esmagada pela dura realidade

Da incapacidade de ser a metade

Do outro, achar sua falta, compensar...

Então se amo, hoje amo sem pensar.

Apenas sorvendo, a beleza das coisas.

Como o poeta vê, admirando sem limitar.

Tocando, sem querer moldar.

Sentindo e se deixando levar.

Pelo vento que acalenta.

Pela chuva que encharca, ensopa.

Sou olhos atentos, ouvidos e concentração.

Não perco o espetáculo da criação.

Seus olhos, seus lábios, sua expressão.

Arte de bom gosto, ah seu gosto....

Doçura, brandura, pimenta...

Que envolve, acaricia e esquenta.

Loucura que explode no peito.

Culminando no sorriso sincero

De sentimentos mais que paixão.

Mas que ainda longes da razão.

Deixa nos lábios a interrogação

Solução?

T Sophie
Enviado por T Sophie em 18/09/2007
Reeditado em 18/09/2007
Código do texto: T657825
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