Despedida
Peito cansado há dias
Mente polvorosa desde o estrago
Inúmeras reticências
Que parecem não ter fim
Mas há de ter o obvio algum dia
Pacientemente enxerga as ruínas
Acreditando que tudo não passa de uma fase amarga
Fala isso para si, repetidas vezes
Criando uma espécie de eco que se desvanece em pequenas bolhas de ilusões
E como cata vento, transforma o descuido em energia
Ouve atenciosamente o som da mudança
E entrega a ele tudo o que não tem
As esperanças tardias
Gosta de apreciar as coisas enquanto não se vão
E pensar consigo que não há nada mais bonito
Permanece paralisada até o ultimo segundo de deslumbro
Respiração
Dissipação
Primeiro passo
Foi-se além
Continuação.