Colóquios.

Minhas conversações vão ficando no caminho,

Controladas como foram anunciadas para mim,

Silentes, modificadas e dispostas com jeitinho,

Num viver espargido sem ter o justapor do fim,

São livres como as belas borboletas coloridas,

E eu as absorvo quando parceiras no meu leito,

Trajetórias corriqueiras e outras desconhecidas,

Suportando o meu capricho com rimas de efeito,

As letras no secular das coisas vivem encantos,

No anarquismo do minutar e no balé da criação,

Viajam comigo na lonjura de todos os cantos,

E nas asas da liberdade transportam a emoção,

Guardam olhares amigos sem teias de vaidades,

Assumem verbos florentes, esteiam estruturas,

Noticiam coisas dos mares e suas tempestades,

Falam de flores, folhagens em vivas pinturas,

Meus colóquios são marcas resumidas da vida,

Revirando a trajetória do que sempre busquei,

Escritas que marcam minha ascensão e decida,

Redescobrindo calmamente onde eu os deixei!

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