Solta a Poita e Senta a Pua.

Não durmo oito horas por noite como pregam os oftalmologistas.

Não como maçãs todas as manhãs como mencionam os endocrinologistas.

Não sou um homem puro como anseiam as mulheres casadoiras e os sistemáticos homens de códigos e regras de etiquetas.

Não sigo o condicionamento social quando estou de bermuda e sem camiseta.

Não quero nem saber da rebimboca e nem da parafuseta.

Não estou me importando para o que pensam ou deixam de pensar, para o que falam ou deixam de falar.

Isso eu mesmo posso resolver e responder por meus dias.

Sou o proprietário de meus atos, com registro e firma reconhecida. O único protagonista de minha existência.

Se estou sozinho nesta encruzilhada é porque o Divino assim o quis.

Dialogo com Ele a respeito todas as noites antes do desmaio.

Mas o tempo diz que é assim mesmo!

O tempo diz:

Solta a poita e senta a pua, meu filho!

O resto, como dizia o poeta maior Fernando Pessoa, são apenas as sombras dos desejos alheios querendo te arrastar rumo ao despenhadeiro.

Vai lá e resolve o que tem que ser resolvido!

No mais, não se importe tanto.

Savok Onaitsirk

https://www.recantodasletras.com.br/prosapoetica/6589757

Cristiano Covas
Enviado por Cristiano Covas em 04/03/2019
Reeditado em 05/03/2019
Código do texto: T6589757
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