CA QUE TU TENS

CA QUE TU TENS.

Pergunte-se, vamos, pode

questionar. Diríamos nós

cactos ao compor a vista

deste penhasco, acaso

imediatistas fossem esses

visitantes, ávidos por uma

captura de imagens que logo

descartarão por outras

atratividades que lhe

entretenham.

Mas como se trata de ti

poeta, atleta da arte do

vislumbre e discrição,

ao qual nos curvamos

em reverência, dançando

para ti ao sabor dos

ventos que aqui o trazem,

dizemos: - Bem vindo...

Saiba que antes se erguerem

uma edificação, a casa é tua,

e nossa também.

Nos trouxe aqui um Bem-te-vi,

e o Pardal vem visitar, logo

assim que saem as Andorinhas

de seus ninhos, despertadas

pelo coral Canário desta

terra, onde o gorgear harmoniza

o dia e diz bom dia a acalentar

meus sonhos, minha vida,

meu lar, meu doce lar.

Viste tu as belas Bromélias

aos nossos pés, rendidas ao

nosso encanto... Falam bem

de nossas cores e guardam conosco as águas que o

Pai Maior nos dá.

Fique a vontade e deleite-se a

compor, teus sonetos, tuas falas

e teus braços de louvor, venha

sempre que quiseres, pois

contigo onde estiveres, em

memórias estaremos, em

cântigas de serenos ao dia

ou noite de luar, venha seja um pequenino, um menino a sonhar.

Onde vives, tudo tens, mas aqui

é o teu lugar.

Tito Trugilho, 06 de março de 2019.

Tito Trugilho
Enviado por Tito Trugilho em 06/03/2019
Reeditado em 01/11/2020
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