MULHER A CAMINHO

MULHER A CAMINHO

No olhar cálido, nos lábios qual flor que abre-se e expressa delicadeza, nas mãos ternas e paradoxalmente fortes, nos braços que se alongam em doces abraços, em seios fartos que alimentam amores, em ventres que guardam vidas transformando-as em filhos, em pernas que suportam trilhas que homens perseguem e penam, em pés que pisam a terra sem transformá-la em guerra, segue a mulher na batida do coração, espalhando amor, paixão, sedução, procurando suas saídas, que certamente não são pela igualdade tão propalada, tão bruta, tão máscula; a saída deve ser doce, com açúcar e mel, longe do fel de seus adoradores e servos, que bebem de sua essência, néctar das deusas, que mudarão o mundo com sua “fragilidade forte”, a caminho da plenitude, existência em êxtase de feminilidade, suprimindo a força bruta, que ora ainda a domina, por concessão.

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 08/03/2019
Reeditado em 08/03/2019
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