Abaçanando.
Quando o sol no horizonte baixa e finda,
A sua colaboração acumulando segredos,
O anoitecer se chega suave e a ele brinda,
Até a nova manhã num patamar de enredos,
Surge então a lua pousando seus encantos,
Congeminando novos sonhos em aventura,
Estrelas bordam outros elementos tantos,
Desfazendo espessidões com a sua ternura,
Os pirilampos, tão escassos, já se ajustam,
Numa mutação sem implicação e sem preço,
Sem saberem o quanto que as luzes custam,
Num procedimento sem deixar seu endereço,
Os seres entram em sua zona de comodidade,
Com suas maneiras inesperadas e instintivas,
Numa modificação com tirocínio sem vaidade,
Transformações singulares e também coletivas,
A noite chega na interação do girar do mundo,
Revivendo nostalgias lá onde o sol se esconde,
Câmbios salutares até chegar o sono profundo,
Geometrizando um chamado que não responde!