Abaçanando.

Quando o sol no horizonte baixa e finda,

A sua colaboração acumulando segredos,

O anoitecer se chega suave e a ele brinda,

Até a nova manhã num patamar de enredos,

Surge então a lua pousando seus encantos,

Congeminando novos sonhos em aventura,

Estrelas bordam outros elementos tantos,

Desfazendo espessidões com a sua ternura,

Os pirilampos, tão escassos, já se ajustam,

Numa mutação sem implicação e sem preço,

Sem saberem o quanto que as luzes custam,

Num procedimento sem deixar seu endereço,

Os seres entram em sua zona de comodidade,

Com suas maneiras inesperadas e instintivas,

Numa modificação com tirocínio sem vaidade,

Transformações singulares e também coletivas,

A noite chega na interação do girar do mundo,

Revivendo nostalgias lá onde o sol se esconde,

Câmbios salutares até chegar o sono profundo,

Geometrizando um chamado que não responde!

Amaro Larroza
Enviado por Amaro Larroza em 14/03/2019
Código do texto: T6597595
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