Lampejos.
Tenho habitado em um sossego pensado,
Se poeta fosse; diria que me deu um apagão,
Sentindo o presente mais próximo do passado,
Rememorando como se apresenta a emoção,
Dedico meu tempo a instrumentar minutos,
Balanço minhas malas, faço minhas preces,
Num saco repleno de letras colho os frutos,
E aprazíveis estímulos chegam como messes,
Ouço a composição acompanhando a aurora,
Repaginando cada perfumada oportunidade,
As letras se acolheram independentes da hora,
A composição ganha o nome desta realidade,
Repasso as linhas em pausada conformação,
Creio que é assim que improvisam os poetas,
Dissemino palavras com minha apresentação,
Escrevo aleatoriamente sem apresentar metas,
E assim me espalho nas fronteiras do verso,
Brincando de desenvolver amenas criações,
Na reciprocidade com as coisas do universo,
Flamejando ditoso em todas as publicações!