Utopias.
Tenho abraçado os devaneios como abrigo,
Livres e dulcificados dentro da imaginação,
Preparados para enfrentar de frente o perigo,
Noções de fábulas que vibram com a emoção,
São bucólicos e assim não vislumbram o mal,
Surgem na hora em que dormem os inocentes,
Aspirações sutis vividas numa entrega total,
Na linha perspicaz de promessas envolventes,
Sonhos que brotam em sigilo na madrugada,
Ou os que aparecem em estações perdidas,
Os que procuram sozinhos a outra jornada,
Ou que se desnudam nas tardes esquecidas,
Os que salientam o que é simples ou sagrado,
Os que vibram com a diligência sem medida,
Os que se consomem no ósculo apaixonado,
Ou ainda os que aumentam o desejo pela vida,
Sonho; simples quimera em minha liberdade,
No passatempo que excita o prazer enlevado,
Fascínio das questões complexas da saudade,
No entendimento do bem querer apaixonado!