Amor Bandido

Me fiz artesã, esculpi você dentro de mim, tudo se desfez, grito tentando arrancar os pedaços que insiste em ficar, não dá.

O rio corre pro mar, você, o chão árido, queimando meu coração.

Se fez raiz, nas profundezas do meu "Ser" habitou, agora apenas dor, dor do amor que nas raízes ficaram.

A tempestade que ainda não passou, um engano que cometi, o sonho que acabou.

Já não mais dona de mim sou, o que restou grita perdido, procurando o que nunca existiu, peito aberto sangrando por um amor bandido que meu coração despedaçou.

Experimentei o amargo da dor, lágrimas rasgaram o véu do desamor, me lancei no céu negro da saudade, morri dentro de mim tantas vezes que nem sei o que de mim sobrou.

Grito, grito tentando arrancar você de dentro de mim, não dá.

Teu amor, minha ilusão perdida, uma estrada desconhecida que a vida sem aviso me lançou, ainda insiste no meu caminho ficar. 

Amando em teus olhos negros fiquei, teus lábios gosto de mel experimentei, no teu corpo macio, armadilha mortal, a dor mais doída senti.

Amor, amor enraizado em mim, me liberte ou morra dentro de mim, por favor não posso viver assim.

Fátima Silva e Silva
Enviado por Fátima Silva e Silva em 04/04/2019
Reeditado em 21/06/2019
Código do texto: T6615081
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