corpo dormente
alguns dias se passaram e a abstinência da fala. da palavra e da música tomaram conta de mim. senti o corpo dormente. e as palavras querendo voar de mim.
gravei versos da mente. e SP tem muita inspiração. e Guarulhos é gigante. e os metrôs. e o Butantã cheio de história. viva e incubada. mas mais história são as pessoas de olhos e pés cansados da rotina e do ar cinzento e denso.
senti muitas abstinências em meu corpo.
cafeína. escrita. arte visual. música. e até mesmo de ver o mar em tudo quanto é canto. e cantamos eduardo e mônica na rodoviária. é Mônica era mesmo uma maluca. mas talvez todos sejamos loucos.
fomos ao shopping. e era realmente grande. observei seus passos dançantes por meio a tanta gente estranha. tantos rostos com tantas histórias. e eu sempre com o meu livro do Bukowski em mãos. quero conhecer vários escritores e não ser tão dura como Charles. não sou alcoólatra. mas predisposição genética tenho um tanto.
andamos e andamos. e tu surpreso por eu não conhecer o tal starbucks. e a menina também. cabelos charmosos como a fumaça que saia pela boca dela. tenho uma intensidade por pessoas. e nem sempre é sexual como tu pensas. mas definitivamente escreveria sobre ela. Ray o nome abreviado. e ela vegana. que me lembra outra vegana. em algum momento a tristeza me alcançou no meio disso tudo, mas deixei ela fluir pelo meu corpo.