QUESTÕES

QUESTÕES

Quantos mistérios ainda

haverão, entre a primavera

o outono e o verão?

O frio do inverno, em seus

dias auxentes, faria com

que caíssem no esquecimento,

aquelas noites que de tão

quentes, ardentes se tornaram,

por levar tantos, a tantos a paradisíacos

lugares, em tão poucos trages,

quase a desnudar totalmente

a sua tes, aqueles(as) esculpidos

nos quadros em porcelana e ébano,

trazendo força ao credo, de quem

sabe amar?

Amaria louca e desconhecida-

mente, a quem por quem

não sente, se quer desprezo,

paixão ou dó, meramente

por ter a pele a ferver, sob

os intensos raios daquele

imponente maestro, que

sem se quer um jesto, rege

desde o raiar de seus acordes

ao de sua obra os restos, deixar

a se encandear?

Questões, quantas se apresentarão?

Digo que quero meus pés no chão,

se acaso a mim perguntares:

- O que fazes ao não se queimares,

tendo os raios a nos aplacar, nossas

peles e lábios que se inflamam

de dor e ardor ao sabor deste ar?

Digo eu:

- Prudência, repetindo... Prudência...

Estamos no frio de um inverno,

deixado pelo calor de paixões avaçaladoras que em mim, criaram

o que te darão.

A couraça que dá a dor, a quem não

não vive o amor, e só quer perecer

de paixão.

Acalma-te, digo, acalma-te...

Logo também saberás, do

quanto o amor é capaz de ser

mais...

Muito mais forte que a dor e o

opróbrio, que o medo, o pavor

e o ódio, ou quem queira se

apresentar.

Basta tê-lo, ouvi-lo e ser-lhe,

um servo e não capataz, para

dar e também recebe, todo bem

que só o amor nos traz.

Seja dele o seu mensageiro,

escudeiro e amigo leal, sendo

tu um real cavalheiro para dama

que este amor te traz, sendo ela

tua flor doce cheio, e teu porto

que este mar te traz.

Tito Trugilho, 08 de abril de 2019.

Tito Trugilho
Enviado por Tito Trugilho em 08/04/2019
Código do texto: T6618851
Classificação de conteúdo: seguro