É sobre solidão que falo...
É sobre solidão que falo...
e não liberdade.
A tal liberdade ausente de todos...
ausente de ti.
Sentir no ir-te, após o pranto,
secarem as asas,
reaprender a voar.
Pois é!...
As asas secaram e quem disse
que consigo voar e viver
a liberdade de tudo
e de todos.
O mundo, de alguma forma,
prende; a gente reaprende
que é impossível viver à margem.
A vida obriga, abriga correntes
que prendem e, de alguma forma,
com essas correntes vivemos,
sobrevivemos.
Nunca somos de todo livres.
Ah! E a solidão!
Essa é a que agora sinto
e perco-me, sem saber como agir,
o que fazer, desconfiada que fugir
da solidão tolha ainda mais
o pouco de liberdade,
que "imagino",
conquistei...