ÀS CORONÁRIAS

Às cáusticas rosas a me ladear

Aos louros encarquilhados e tais

Às vestes de um arcabouço nobre, ora apedrejado.

Só quimera na tola vida mundana!

Réstia de palavras, doces como fel

Onde está o rei e seu castelo?

Hão de esporular e de atingir o fleimão

No rancho de luz, na pouca capacidade de amar

Ao intolerante jeito de se ferir sem sangrar

E de emanar na falsa pútrida certeza.

Um ósculo de sobremesa por esta nigérrima capa

Apoquentando.

Houvera vezes dum café da tarde glorioso

Um semi vasto e claudicante deserto

De fome, de piano, de nódoa, despido.

Em toda ojeriza que se preza

Ânimo a me julgar

E me matar mansinho, com odes no inverno

Como cisnes no mais encorajado relinchar.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 10/05/2019
Código do texto: T6643695
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