Velhice de cada dia

Vai-se o tempo, se arrastando com sol nos calcanhares. Tingindo estradas de dias e noites com pinceladas de madrugadas.

Das janelas sobram olhares distantes, voltados para a mesmice das vivências. A vida brinca nas tênues linhas das ilusões.

Nos jardins, os canteiros reverenciam novas pétalas embalando folhas secas na terra úmida. Assim são as pessoas acolhendo no colo da meninice e da juventude, toda velhice de cada dia.

Caminhos da vida: paisagens que se transformam a cada novo passo.

Saudades são grafites nas paredes das lamentações.

Formas e riscos que misturam desenhos e desejos.

Aventuras são servidas nas bandejas das ousadias e dos receios.

Há quem se entrega e há quem foge. É que a vida é feita de escolhas e às vezes de pressão. A escravatura, em tempos modernos se dá pela fabricação das próprias correntes.

O tempo dança tango enlaçando pernas e fragilizando-as na beleza do ritmo.

Notório o olhar para o concreto proveniente dos labores. Espelhos contam sorrisos e prantos; E na resenha de alguns acontecimentos, vê-se o cansaço adquirido ao longo dos anos. O viver é esse renascer a cada dia, de forma diferente, assim como as flores entende que o desabrochar é também o início do fim do viço. Murcha-se, mas pessoas são insubstituíveis. Cada uma em sua essência tem a beleza única. Desvendá-la, às vezes é necessário. Inspirá-la e exercitá-la, mais ainda.

Autoria: Takinho

Leiam a poetisa Aparecida Ramos (Isis Dumont)

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São crônicas e poemas maravilhosos! Um espetáculo em literatura!

Takinho
Enviado por Takinho em 29/05/2019
Reeditado em 18/08/2020
Código do texto: T6659791
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