NOSSA CRUZ DE CADA DIA
Sozinhos, eu e o envelhecido
Laborando à lua fosca
Dentro de tão pouca luz
Um caos que reluz, enforca
Somos sopa de cruz.
Às vezes, acho-me supérfluo e me intero
Ouço restos de mentiras
Ladainhas espessas e tal...
Muitíssimo mal a alegrar minha nau
Sopro de saibro [esquivado]
Sem luz em meu mero e sóbrio quintal...
Quisera eu estar a bordo!