NOSSA CRUZ DE CADA DIA

Sozinhos, eu e o envelhecido

Laborando à lua fosca

Dentro de tão pouca luz

Um caos que reluz, enforca

Somos sopa de cruz.

Às vezes, acho-me supérfluo e me intero

Ouço restos de mentiras

Ladainhas espessas e tal...

Muitíssimo mal a alegrar minha nau

Sopro de saibro [esquivado]

Sem luz em meu mero e sóbrio quintal...

Quisera eu estar a bordo!

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 24/09/2007
Reeditado em 06/05/2008
Código do texto: T666348
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