D'angústia

E a história se repete em pulos

Luís ama Marina, que ama (o poder de) Julião

Que não ama ninguém!

Pobre folião...

Um quase trapo social oprimido e inconformado

Vive à margem de sua real capacidade

Em que textos são contratos e o prazer não existe!

Em sua mente perturbada, quase louca

Transmite um vai e vem de realidade e sonho mesclados

Uma frustração intectual devoradora

Que se deixa levar pelo amor a Marina

E ódio mortal ao seu rival.

E foi um ato brutal

Que desfacelou seus delírios grosseiros

Golpe seco a seu atormentado ciúme!

Perde-se embriagadamente qualquer leitor de "Angústia"

Porque Graciliano enforca um existencialismo mundano

Repleto de desespero pensante

Que ousa por julgar-se livre, dono dos atos!

Pingo... Pronto, ponto! Fechei o livro vermelho!

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Baseado na obra "Angústia" de Graciliano Ramos,1936.

Gisely Poetry
Enviado por Gisely Poetry em 04/06/2019
Código do texto: T6665131
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