"Amor em prosa"

Regida pelo dúbio astro e conduzida por Zéfiros, que se faz ao avesso cúpido, destôo feito prosa a minha sina:

Sou um candeeiro em assunção;
Pecado em sono sereno.
Sou a brevidade do prazer
Eternizada no desejo.
Sou esfera, fera, pantera:
Ruborizada, mas desnuda!
Sou verso ao reverso
A oposição desmedida
Sem regras, construída.
Sou prosa poesia.
Sou poesia prosa:
Isso. Sou prosa poética.