A vidraça
Tamborilo meus dedos na vidraça
A chuva me fala de ti
e eu digo a mim mesma
'Vidinha danada, desgraça!...
Por que não te posso ter?
(...quantas vezes repeti?!)'
A chuva se lança indiferente
(meu lamento já perdeu a graça)
Um raio... e a noite estremece
nada permanece
Foi-se também a vidraça.