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Ela chega em casa e não acende as luzes.

Descalça os sapatos a oprimirem seus pés.

Ela quer mais tempo.

O corpo ainda cansado suscita afago.

Ela despe o corpo como quem entrega as histórias ao próprio passado.

Tomar um banho seria algo razoável a se fazer...

Ela aquece o corpo.

O consolo não virá esta noite.

Quem sabe não haja consolo...

As vozes não se calam: ausências ou culpas?

Ela suspira ao tempo em que coloca a próxima música.

Já é possível ter seus próprios vazios.

Não há mais mal a reparar.

O agora até lhe apetece.

Ela senta e aprecia sua vista pro mar...

Marii Andrade
Enviado por Marii Andrade em 03/07/2019
Código do texto: T6687623
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