Home
Ela chega em casa e não acende as luzes.
Descalça os sapatos a oprimirem seus pés.
Ela quer mais tempo.
O corpo ainda cansado suscita afago.
Ela despe o corpo como quem entrega as histórias ao próprio passado.
Tomar um banho seria algo razoável a se fazer...
Ela aquece o corpo.
O consolo não virá esta noite.
Quem sabe não haja consolo...
As vozes não se calam: ausências ou culpas?
Ela suspira ao tempo em que coloca a próxima música.
Já é possível ter seus próprios vazios.
Não há mais mal a reparar.
O agora até lhe apetece.
Ela senta e aprecia sua vista pro mar...