Zéfiro.
Na janela escuto o vento em sua correria,
Sem poder controlar esta surpresa errante,
Liberdade sentida no começo do novo dia,
O reinado sem mando do sonho alucinante,
Feitiço e alvedrio na indicação de ir e vir,
Soprando fábulas sem ter tido permissão,
Serenatas perfeitas na inclinação do porvir,
A quietude e o vagar em resíduos da visão,
Legendário, em ecos e refrões se estende,
Trazendo desejos ardentes, descomunais,
Compreendido no disfarce que surpreende,
De criativas e inovadoras poses desiguais,
Foi-se a soprar no vitral de outra cercania,
A disseminar conversas com sua excitação,
Colorindo perfumes em bucólica fantasia,
Bordando versos que apresentam a paixão,
Levou consigo a suscitação dos enganos,
Deixou os lindos bailados de sua magia,
Partiu sem provocações ou outros danos,
Cedendo as palavras para compor poesia!