Zéfiro.

Na janela escuto o vento em sua correria,

Sem poder controlar esta surpresa errante,

Liberdade sentida no começo do novo dia,

O reinado sem mando do sonho alucinante,

Feitiço e alvedrio na indicação de ir e vir,

Soprando fábulas sem ter tido permissão,

Serenatas perfeitas na inclinação do porvir,

A quietude e o vagar em resíduos da visão,

Legendário, em ecos e refrões se estende,

Trazendo desejos ardentes, descomunais,

Compreendido no disfarce que surpreende,

De criativas e inovadoras poses desiguais,

Foi-se a soprar no vitral de outra cercania,

A disseminar conversas com sua excitação,

Colorindo perfumes em bucólica fantasia,

Bordando versos que apresentam a paixão,

Levou consigo a suscitação dos enganos,

Deixou os lindos bailados de sua magia,

Partiu sem provocações ou outros danos,

Cedendo as palavras para compor poesia!

Amaro Larroza
Enviado por Amaro Larroza em 09/07/2019
Código do texto: T6692259
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