O mundo visto pelos meus olhos
Desde cedo vi o mundo pelos teus olhos
De pequenina vi o horizonte cheio de cores
E o teu mundo distorcido da realidade
Borboletas dançando
Com baús no fundo do arco-íris
Desde cedo nadei no teu oceano
Dependente
Iludida da verdade
Sobre o muro da vertigem
Da decência
Do ser pragmático…
Cresci à força
Anestesiada, acolhida por ti
Refugiada deste universo tão cheio de outras coisas
Em que a tempestade é um dado adquirido
E chove inúmeras vezes sem segredos
E os meus olhos se reflectem de cinza do céu…
Já no entardecer te foste
Sem um abraço, sem um beijo
Sobre a ausência da palavra
E do ensinamento da vida
O sol deixou de reflectir no meu jardim
E chove todos os dias
Desde que vejo o mundo pelos meus olhos