Se eu morrer amanhã II

Se eu morrer amanhã II

Se ao acaso do destino

Eu vier morrer amanhã,

Deixo á você amigo meu

A maior riqueza que tenho (tive)

Nesta vida, as minhas poesias...

Umas são doces,

Outras amargas...

Em algumas contém tantas tristezas e dores,

Noutras tantas saudades e lembranças.

Mas enfim, destino a você, amigo meu

Tudo o que contém de bom em mim.

Se eu morrer amanhã...

Gostaria que perdoasse todas as palavras ditas sem pensar,

Todas as vezes que feri

E possivelmente o fiz chorar...

Não gostaria de ver nem uma ponta

Da expressão de tristeza em sua face,

A quem tanto amor e carinho me deu,

Tanta atenção e compreensão.

De quem mais poderia esperar isso,

A não ser de você, meu bom e velho amigo.

Melhor amigo igual a você,

Com certeza não existe e nem tive.

Se eu morrer amanhã...

Lhe peço somente uma coisa

Me leve rosas ao túmulo

Converse comigo.

Não derrame lágrimas,

Não padeça sobre a tristeza...

Se eu morrer amanhã...

Meu grande amigo,

Onde eu estiver, estarei contigo.

Se eu morrer amanhã...

E lhe for muito dolorido

Ir ao cemitério visitar o túmulo

Converse comigo por pensamento;

E se mesmo assim lhe for difícil...

Ah, meu grande amigo;

Não faça nenhuma coisa e nem outra.

Apenas sinta saudades dos bons momentos,

Não guarde sofrimento

Que lhe acaba com a alma,

Sinta alegria dos bons momentos

Se ao acaso do destino

Eu vier morrer amanhã.

_Rê Ferry

(07/03/00)

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