Despida

Talvez a vida me tenha travado o suspiro

Preso os passos

Algemado as mãos e cortado os dedos

Mas nada dói tanto

Quanto a minha ausência

Esta saudade que mata

Me corrói e desfaz num só nó...

Ar que não vem

Asas que não levantam voo

Me desnudam a alma

Despem de preconceitos

Me consomem devagarinho

Por entre segundos esgotantes

Minutos que teimam em não passar

Me deixando perdida

Esquecida

Amordaçada

E morrendo em mais uma palavra que não escrevo

Joana Sousa Freitas
Enviado por Joana Sousa Freitas em 04/11/2005
Código do texto: T67314