Despida
Talvez a vida me tenha travado o suspiro
Preso os passos
Algemado as mãos e cortado os dedos
Mas nada dói tanto
Quanto a minha ausência
Esta saudade que mata
Me corrói e desfaz num só nó...
Ar que não vem
Asas que não levantam voo
Me desnudam a alma
Despem de preconceitos
Me consomem devagarinho
Por entre segundos esgotantes
Minutos que teimam em não passar
Me deixando perdida
Esquecida
Amordaçada
E morrendo em mais uma palavra que não escrevo