Trago em mim

Trago em mim
Somente o que quero...
Talvez uma leveza na alma,
Ou fragmentos de vida
Que fizeram de mim
Alguém que não  se conhece
E está em constante mudanca.
Mutante sou, mutante estou,
Porque viva estou.
Não trago as tristezas,
E nem carrego decepções.
Também não carrego fardos
De nada vivido,
Pois uma parte de mim,
Liberta   pelo caminho,
Tudo que  não serve mais.
E vou caminhando,
Segura de minha direção,
Seja ela qual for,
Pois no meio do caminho
Como boa mutante,
Sigo o  inverso  do inverso.
Não me amedronto,
Nem paro ante as dificuldades.
Vou indo e me deixando Seduzir pelo caminho.
Não importa quão sinuoso possa ser,
Há sempre algumas flores 
Que posso colher.
E essas sim, carregar comigo,
E jogar  suas sementes
Nos solos  por onde passar...

Helo Silva