Naufragando
A face sombria do medo vem atormentar-me vez em quando
Gela-me a alma em incertezas tolas
Me constranjo ao debater-me alucinadamente contra meus temores
Me vejo naufragando
Em um mar tempestuoso de emoções insanas
Quando a luz de um horizonte próximo
Me permite avistar tua face límpida, clara
A sorrir-me destemidamente
Me acolhendo em teus braços protetores
Onde desfaleço exausta da luta
No teu aconchego me refaço
Em pulsares de pura energia amorosa
Adormeço na cadência desse abraço caloroso.