"Vem dançar comigo...."

Baila este seu corpo em magistral descompasso, enreda minha prosa nesta desconexa poesia, torna-me essência deste seu embalo. Veraneie-me atemporalmente. Faça-me “fluir” feito rimas sorrateiras, alinhe-me neste seu “cantar” sensual e envolvente.

Faça-me musa, por vezes amada, mais preferencialmente desejada. Entrega-me sua paixão voraz, deixo o puro amor às escondidas, recluso em outro tempo, num tempo onde reinarei imperiosa.

Por ora quero seu calor, sem demora. Sem pressa “dispo-o” e consagro-te somente meu. E então, repousado em meu ventre aquietarás com meu despudor laborioso e lascivo.

Entrega-te, meu bailador amante! Renda-se ao meu ópio!