MALDITO TELEFONE

Últimas palavras

Arqueei muitíssimo

Em meio ao mundo

Riram-me sérias coisas

Estava em sinceros devaneios

Rosca sem fim, fundo inteiro

[e na escrivaninha, debuxo a rouxinolar]

Por prosódias ligadas à alma inteira

Primas palavras

Suei muitíssimo

Em seio noturno

Viram-me ferinas quotas

Sentava em misérias caladas

Mesmo sem mim, mudo passeio

[e na longitude, frívolo zabumbar]

Por escórias pliçadas, em histórias de espírito

Infinitas palavras

Gozei tão pouco

Maldito telefone!

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 04/10/2007
Reeditado em 24/04/2008
Código do texto: T680923
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