Espiral de Crânios

Eu vi os crânios presos em espiral eterna

Enquanto o resto do mundo bebe e fuma

E o corpo cai em êxtase dissociativo

Onde as almas uivam como lobos famintos

Em porres e esquinas irreais

E enquanto bebem e fumam

Não me atingem

Não anseiam a vívida materialidade

E eu apenas respiro

Enquanto não me livrar de todo esse mal

Toda essa superficialidade encrostada

Enraizada em ego de auto sabotagem

Impedindo minha loucura precoce

Com psicoses tão manifestantes

Que é impossível qualifica-las

Por procissão ou função

Pois no fundo estou tão vivo

Pulsante e latente

Quanto as ideias que se movimentam

E são sempre regurgitação

Em desarmonia total