Sentado e à Espera

Sim, não contornas livre o horizonte,

Ondulas entre árvores e luzes da cidade

Com teu corpo afetado pelo calor

Sim, não fazes questão com as aves,

Os círculos que elas fazem

Nem recebes teu miúdo observador

Estás debruçado sobre o cenário,

E tamanho é o fator imaginário

Que de ti perguntam quem será que te alçou

Sob tão grande furor, talvez um ponderasse

Se não és um só, se não tens demais dor

E o que passas quando é vermelha tua cor

Mas quanto àquela austeridade,

Impuseste tua descabida autoridade, o teu nu

E o fundo anil azul que abundas em formosidade noturna

Pois hoje não carregas nuvens

Nem deságuas chuvas

Nem tua voz comungas

H Reis
Enviado por H Reis em 08/12/2019
Reeditado em 08/12/2019
Código do texto: T6814110
Classificação de conteúdo: seguro