"O passado caiu como um presente!"

“Se é que aquilo fora amor, então um dia talvez eu o tenha sentido; mas ficou no passado, em tempo já adormecido e esquecido, definhado e enterrado para todo o sempre: amém”.


Não houve outro igual, em pureza revestida, mesmo que na sua ardente tentativa me fez repulsa! Era ainda menina-moça quando desregrou meus pensamentos, fez-me delírio em eloqüentes beijos, ardeu-me em brasas num simples abraço, mas me contive e entreguei-lhe apenas o meu amor, o meu puro e simples amor.

Hoje, passado vinte verões retornas ainda ávido pela pureza dos meus sentimentos, que só adormecidos estavam. Mas insisto que eles fiquem adormecidos, ganhando forças para que num futuro saiam fortalecidos e, para quem muito me conhece, enredará páginas de um romance.

Ainda sinto o que hoje não me permito sentir, mas guardo – ressaltando as devidas diferenças – parte daquele amor que fora o primeiro. Deste, quero apenas as sensações físicas, pois as outras ferirão – mais uma vez – a minha alma, e não desejo