O orvalho e a Rosa

O orvalho tocou a rosa, uma pétala caiu, ela estremeceu, outra pétala caiu, depois outra e outra, amanheceu, o sol iluminou o jardim, a rosa despetalada sorriu, a abelha apaixonada, seu pólen beijou.

No suave murmurar da brisa, o pé de rosas levemente balançou, a última pétala caiu, anoiteceu, o vaga-lume solitário em suas folhas pousou, lá na mata, a cotovia enamorada, o luar reverenciou.

O tempo no seu compasso milenar, trouxe o outono para passear, a roseira adormecida despertou, em festa o jardim ficou, o menino feliz da vida ficou, entre os arbustos dançou.

Setembro sorrindo chegou, o sol, o céu azul rasgou, seus raios, o calor espalhou, a vida no seu esplendor, o ar perfumou, o beija-flor lembrou da rosa, a abelha apaixonada, o seu amor reencontrou.

O orvalho tocou a rosa, lentamente ela se espreguiçou, um novo dia sorriu, feliz, de perfume o ar inundou, plena, exuberante, suas pétalas vermelhas, uma a uma abriu, o menino para ela se curvou.

Entre estações esperou, se guardou em silêncio, a vida lhe chamou, o seu tempo chegou, no renascer, trouxe o perfume, a beleza luminosa de suas pétalas, a rosa se fez flor, o símbolo único do amor.

Fátima Silva e Silva
Enviado por Fátima Silva e Silva em 18/12/2019
Reeditado em 10/04/2021
Código do texto: T6821785
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