TODO FINAL DE ANO.
Todo final de ano é assim,
Pessoas se abraçando, enfim,
Desejando felicidades, sem par,
E outras abandonadas, ao relento,
Ao sabor da solidão, do vento,
Sem sequer saber como chorar.
Todo final de ano são glórias,
Comemoram-se imensas vitórias,
Em um mundo de perfeitas alusões,
Mas esquecem outros desatinos,
De imperfeitos gostos meninos,
Enganados por pérfidas ilusões.
Todo final de ano se cria,
Belas expectativas para o dia,
Promessas que tempos áureos virão,
Mas ao longo do ano se constata,
Que nesta vida por pouco se mata,
Pelo vil metal de todos, o pão.
Todo final de ano são só sorrisos,
Mostra-se os dentes, até os sisos,
Numa insana e irregrada euforia,
No íntimo, todos deveriam saber,
Que liberdade a todos sem sofrer,
É primordial, a essência da alforria.
Por: Jaymeofilho.