Um Fado!..
Não foi fácil ser dona de enganos
Sonhos que não se podia ter
Toda vez que coração se deixava apossar ...
Quase sempre se via amordaçado, ele.
Tão mais verdadeiro era que,
uns emaranhados de fios o alinhavassem...
Se nalguns, alfinetes cavalgando
pelo dorso da existência, teimassem em bordá-lo
com um cadinho de sangue
noutros, poesias e reversos do imaginário,
qual criaturas famintas, pedaços lhe arrancariam...
Salpicado de brilhantes, finalmente,
do belo do belo se bordaria...
Um fado!
Livre, enfim, que viesse a rota da desesperança
Se de mansinho, se aconchegar, quisesse
antes, dez mil vezes,
havia de alinhavar retalhos friccionados
de esperança
Como se o verde o abraçasse. Tentador!
E o verão eterno não decairia
Nem a morte havia de se vangloriar
de ter arrancado o mais belo de todos os retalhos:
o do Amor!
(*)Imagem: Google
Não foi fácil ser dona de enganos
Sonhos que não se podia ter
Toda vez que coração se deixava apossar ...
Quase sempre se via amordaçado, ele.
Tão mais verdadeiro era que,
uns emaranhados de fios o alinhavassem...
Se nalguns, alfinetes cavalgando
pelo dorso da existência, teimassem em bordá-lo
com um cadinho de sangue
noutros, poesias e reversos do imaginário,
qual criaturas famintas, pedaços lhe arrancariam...
Salpicado de brilhantes, finalmente,
do belo do belo se bordaria...
Um fado!
Livre, enfim, que viesse a rota da desesperança
Se de mansinho, se aconchegar, quisesse
antes, dez mil vezes,
havia de alinhavar retalhos friccionados
de esperança
Como se o verde o abraçasse. Tentador!
E o verão eterno não decairia
Nem a morte havia de se vangloriar
de ter arrancado o mais belo de todos os retalhos:
o do Amor!
(*)Imagem: Google