A MULHER DE MEIA IDADE   _  (AUTORIA DESCONHECIDA) Belíssimo texto, compartilhando! 




Os lábios da mulher de meia idade porque eles sabem o que desejam, com essa força é que me arrepia a pele e me ferve o sangue
É como um fruto maduro e prazerosamente desejado.
Um fruto amadurecido graças à magia da seiva e à alquimia do tempo, sem o emprego de nenhum artifício.
O seu espírito revela equilíbrio e harmonia, como em nenhuma outra fase da sua vida.
Ela é potência transformada em ato.
Nada é promessa, tudo é realização.
O passado, o presente e o futuro nela se fundem para formar um tempo único: o tempo da boa safra.
Ela sabe o que busca, o que a torna criteriosa e seletiva em suas escolhas.
Qualquer um que desconhecer esses princípios ou não for capaz de identificar que o fruto encontra-se no seu ponto certo, estará excluído de usufruir da boa safra.
O fruto encontra-se maduro, mas para colhê-lo é preciso conhecer o momento devido, sem precipitação.
O que necessita ser feito com muito tato, cuidado e carinho.
A boa safra não é obra do acaso, mas produto de um longo processo de depuração.
A mulher de meia-idade, assim como o fruto, vai progressivamente amadurecendo: para si, para as outras pessoas; para a vida; para o mundo.
Senhora de si, ela sabe como lançar as cartas sobre a mesa, e o faz com charme e elegância. Do ponto de vista sexual, ela tem a aprender tanto quanto a ensinar, o que estabelece um equilíbrio no relacionamento. E tudo o que faz, ela o faz como opção: sem desvarios ou arrependimentos. A sensatez é a sua marca registrada.
Ela não se envergonha da sua idade.
Pelo contrario, ela se orgulha dos anos vividos e de ser um fruto maduro. Mas mesmo que nada diga, lamenta, interiormente, que haja quem se contente em colher uvas verdes.
A mulher madura liberta, não aprisiona.
Acrescenta, não retira.
Compartilha, não exclui.
Lança as suas sementes e fecunda a vida de qualquer homem, tornando-a criativa, rica e exuberante.
Nos tempos pós-modernos, a mulher de meia idade necessita ser redescoberta e valorizada pelos homens.
Sobretudo e principalmente, quando ela soube extrair da vida as lições devidas e se fez mulher em toda a sua maturidade e plenitude.
De uma maneira geral, enquanto as mulheres amadurecem, os homens se infantilizam, pois na meia idade, eles ao invés de desfrutarem da delícia de um fruto maduro (por desconhecimento do seu valor ou por pura incompetência em saber selecioná-lo), preferem colher uvas verdes - completamente fora de época, e nem sempre da melhor safra.

(AUTORIA DESCONHECIDA)