eu sou aquela que foi...

sem saber bem a estrada, com a cara e a coragem, com lágrimas, com dor, sem piedade. aquela que nunca conseguiu calar o bater de um coração aflito, cheio de dúvidas, cheio de lacunas. sou aquela que deixa este rastro de sofrimento, de marcas, de arrependimentos. sou aquela que carregava sonhos coloridos, mas que optou pela estrada em preto e branco. sou aquela que ninguém consegue explicar, aquela que tem sempre algo para falar, mas que quando a resposta é calar consegue dar ouvido somente ao próprio devaneio. sou aquela que chora sem cessar, sou uma qualquer. sim, fui... mas onde vou parar?

Maíra Ribeiro
Enviado por Maíra Ribeiro em 09/10/2007
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