i D e A L i z a

Odeio o ideal que adia e crê

Que deseja, mas espera.

Que ama a fera vendo a bela.

Que se derrete como vela.

Que não se alcança.

Como vento que leva.

E neva no silencio.

De um inverno que não se vê.

Num silêncio que ressoa.

De uma vida atoa.

Ocupada de não ser.

Oh ideal lascivo.

Demente compulsivo.

Sorrateiro adiar.

Encanta em hipnose.

Com vestido de gnose.

Mas é a simples neurose.

De um eterno procurar.

T Sophie
Enviado por T Sophie em 09/10/2007
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