noite
na noite
sentir a pressão das palavras
acumuladas
no peito
no estômago
nos pulmões
nas entranhas
agora tão adormecidas
que se remexem em um frenesi intenso
a lua brilhante
me faz questionar o que é real
e o que é irreal
o breu da noite me acolhe
em meio a tal agitação
outra banhada em tristeza insistente
e condensada
os olhos caem com força
e o sono toma conta do cérebro tão inquieto
desligando a parte frontal
dando luz apenas a imaginação
das nuvens sonhadoras