FRESTAS

Um pouco de mim,mistura-se.

Entro pelas frestas das janelas

e não cabe à mim,ocultar-me.

Um pouco de mim,desordena-se.

Estilhaço o caos que tenta a todo

custo,deter-me.

Vou além,necessito das asas

que permite-me olhar poéticamente

as minhas banalidades,interrogo-me.

Um pouco de mim,camufla-se,

Esbarro no caminho da retidão

que eu desconheço,perdôo-me.

Um pouco de mim,escorre.

Um tanto de mim,evapora.

Outra porção de mim,apenas

mostra-se,como faço agora...

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 09/10/2007
Código do texto: T687869
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