FRESTAS
Um pouco de mim,mistura-se.
Entro pelas frestas das janelas
e não cabe à mim,ocultar-me.
Um pouco de mim,desordena-se.
Estilhaço o caos que tenta a todo
custo,deter-me.
Vou além,necessito das asas
que permite-me olhar poéticamente
as minhas banalidades,interrogo-me.
Um pouco de mim,camufla-se,
Esbarro no caminho da retidão
que eu desconheço,perdôo-me.
Um pouco de mim,escorre.
Um tanto de mim,evapora.
Outra porção de mim,apenas
mostra-se,como faço agora...