Palavras

Tenho poucas amigas. É assim que gosto de viver.

Mas, sempre me considerei amiga das palavras.

Tive contato com elas desde muito cedo, afinal, sou filha de uma professora de alfabetização.

Aos 5 anos, já sabia ler e escrever algumas palavras mais simples.

Pulei de série, pois, já estava mais adiantada que meus colegas de classe.

Cresci, escrevendo coisas sempre que pude, em todo canto.

Quando alcancei certo nível de maturidade, me achei disposta o suficiente para escrever um livro. Gradualmente ele tem tomado vida.

Nunca me faltaram palavras na boca, seja em intuito de promover a paz, e às vezes guerra. Até ver você.

Me faltam combinações poéticas além das que já escreveu Nando Reis para te compor, para te descrever.

Não sei como, mas, me falta o tino. No tocante ao meu amor, só sei sentir: coração, mão, pulsão, paixão, admiração.

Jamais pensei que logo eu, teria tremenda dificuldade em externalizar tudo que tenho vivido nesses últimos meses. Cheguei a conclusão que viver você, me tirou não só um vazio, um peso, uma vida amarga: me tomou os dizeres.

Irônico que não preciso dizê-las mais, basta te olhar.

Eu te amo, com cada pedacinho meu.

Beija-flor.

Rajkumari
Enviado por Rajkumari em 25/03/2020
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