Diálogo: esperança ou medo, o que você sente?

_ Olá a todos, meu nome é Dimas, sou psicólogo e atuo em área da saúde pública.

_ Eu sou o Pedro, e sou enfermeiro que atuo na saúde pública.

_ E eu sou Marcos, enfermeiro, que também atua área de saúde pública.

_ João e Pedro vem ajudando no processo de identificação de casos suspeitos de coronavirus na nossa cidade. Eu solicitei para que cada um fale de um sentimento que observaram estar presenta na vida das pessoas devido a este momento de pandemia.

_ Eu penso que o medo. Muitas pessoas estão um pouco preocupadas com a situação, preocupadas com a saúde, com a família, com o emprego. Muitos ainda não apresentam este medo, e continuam fingindo que não há nada a temer. Mas a maioria sente o medo em determinada medida.

_ Já eu, Dimas e Pedro, por outro lado, observo muita gente esperançosa. Acreditando que isso vai passar, que as coisas daqui a pouco vão ficar boas, que a pandemia vai acabar e vamos voltar à normalidade.

_ Então, Pedro e Marcos, estes sentimentos que vocês constataram, na verdade, são fundamentais para o enfrentamento da pandemia, se os administrarmos com equilíbrio . O medo é necessário pois indica que devemos tomar cuidado, que devemos evitar o risco, mas não podemos, por outro lado, deixar que ele nos leve ao desespero ou nos paralise. Já a esperança, que nos faz acreditar, ajuda a não baixarmos a cabeça diante desta situação de crise. Mas também não pode ser aquela esperança ingênua, que nega risco, e que acha que as coisas vão se resolver fantasiosamente. Medo e esperança nos convidam a vivermos de uma forma responsável. Tudo vai terminar bem, e o medo e a esperança vão nos levar à sensação de alívio, se também fizermos a nossa parte.

*os nomes no texto são fictícios, mas, o diálogo realmente ocorreu e foi disponibilizado em redes sociais como estratégia de sensibilização e conscientização para prevenção das pessoas em relação ao coronavirus.