Caminho a Trilhar
Seja bem-vindo a minhas ternas lavras
Entre, leitor! Deixe fluir a foz rente do prosaísmo,
Sente… Coloque as botas de sensações incandescentes.
Em cada sala dos passos poéticos perdidos
Tu poderás correr o momento sobre salas tétricas
Deles, hão de desdobrar espaços cubistas livres.
No mesmo copo poematizado material
Ao deitar sua vida em minhas letras vivas
Folhas desta Masmorra tende a brindar Murilo Mendes.
Luzindo tentativas de enlace a Orfeu Reinventado,
Teimosas as páginas bebem nas penas de Jorge Lima
Enquanto as estrofes, não têm folha em que se escrevesse.
Sessenta e seis almas poetadas no navio
Dirão em seus seis capítulos imagens escondidas
Tal os rostos do passado do presente intitulado.
Muitos a dormirem nestas linhas se levantarão
Florindo saídas hermenêutica de imperfeição da imagem
Vem! Além da observação, desnude cada uma delas.
Certo tento saber, Masmorras Poéticas e Outras Lavras
Vai em busca de colocar para fora
Amarras de grilhões, teias e correntes a nos prender.
Vamos juntos trilhar pimenta, sal e óleo
Quebrar as continuidades simbólicas,
Retas nas artes de imitar nossos medos latentes.
Quiçá folear mais uma vez
O rebento posto nas suas vistas.